Cuckold: fetiche não deve ser visto como algo bizarro e doentio




Num quarto à meia-luz, o homem, sentado confortavelmente em uma poltrona, assiste a sua companheira tendo relações sexuais com outro homem. Estimulado pelo que vê e ouve, o espectador sente prazer naquela situação. A essa prática, do homem que se excita ao ver sua parceira fazendo sexo com outro, se dá o nome de “cuckold”.

Para muitos, isso é bizarro, mas não deve ser tratado como tal. Inclusive, é um fetiche mais comum do que se pensa e vem despertando a curiosidade e a busca de muitos casais. Nos últimos 15 anos, a procura pelo termo cresceu cerca de 800% no Google. No XVideos, popular site de pornografia, uma pesquisa por “cuckold” resulta em mais de 32 mil vídeos sobre a prática.

O termo foi inspirado na ave cuco, que busca outros ninhos para colocar os ovos e viver um tempo longe do macho, que sabe disso e não se importa. Quando se fala em cuckold, a primeira reação de muitas pessoas é de espanto, repulsa e deboche.

O cuckold envolve uma série de aspectos sexuais e psicológicos, é algo complexo. Entender e respeitar os próprios limites e os do outro é um dos cuidados a serem tomados. “Consentimento é fundamental. Nem sempre a parceria vai estar disposta a ir exatamente aonde a pessoa quer. Estabelecer regras e formas de funcionamento é muito importante e sempre manter o diálogo para escutar o outro e escutar a si mesmo”, recomenda Théa Murta.


O cuckold deve ser prazeroso, agradável. É preciso não tratar a experiência como uma brincadeira –ou os envolvidos podem sair desta com traumas e dores, como a psicóloga alerta: “A gente entende como um problema quando passa a causar sofrimento para a pessoa, para terceiros, quando infringe consentimentos e passa a atrapalhar diretamente a vida pessoal, profissional e social da pessoa. Podemos pensar em certo e errado quando há desrespeito e sofrimento. Fora isso, fetiches podem ser um mundo de possibilidades saudáveis, gostosas e prazerosas”.


Segundo a psicóloga sistêmica, sexóloga e educadora Sueli da Paz, os fetiches não podem ser definidos como algo sendo feminino ou masculino, mas como “uma necessidade que uma pessoa tem de relacionar o ato e o prazer sexual a alguma prática diferente das que temos na maior parte das relações”


Cuckold não envolve necessariamente a busca por humilhação

Um dos aspectos que envolvem o cuckold é certa busca por ser humilhado e sentir prazer e excitação com essa experiência. Há quem busque isso e sinta desejo em se ver numa situação degradante, mas não é uma condição sine qua non entre os adeptos desse fetiche. Primeiro, é importante entender que os fetiches são parafilias, mas não necessariamente transtornos parafílicos.


Parafilia é o comportamento sexual tido como fora do comum, que se desvia do padrão, como o golden shower e o próprio cuckold. O transtorno acontece quando o comportamento é a única forma de a pessoa se excitar ou quando há sofrimento para os envolvidos. “O que os estudos mostram é que a maioria dos seres humanos possui alguma parafilia. Todos nós temos algum desejo sexual fora do comum”, afirma Rodrigo Torres, psicólogo e especialista em terapia sexual.


Sobre o desejo por humilhação e submissão, Torres pondera que é preciso compreender a motivação pelo fetiche antes de qualquer coisa. Há pessoas que se excitam na posição de submissão ou de dominação; outras querem apenas abrir o relacionamento porque não acreditam ou não se realizam plenamente na monogamia.


“Sentir prazer e ficar excitado ao ver a parceira transando com outras pessoas não quer dizer que a pessoa quer ser humilhada, significa que é uma pessoa não monogâmica e que sente prazer na multiplicidade. Já vi casos que o cuckold era um alívio para o homem porque ele não queria transar no nível que a parceira demandava”, conta o terapeuta sexual.

Comentários

  1. Bizarro é muito casal cheio de moral, mas que o marido tem amante, e faz com ela tudo que não faz com a esposa por medo de falar, de expor o que lhe dá tesão!
    Sexo é vida, e sexo bom é aquele que faz a mulher gozar, sentir prazer em fazer!
    gemidos, gritos e palavras sujas ao pé do ouvido fazem qualquer mulher enloquecer e querer sempre fazer!
    Antes de criticar nosso conteúdo, responda a si: eu dou tesão a ele? ele sente e diz ter tesão por mim?
    Eo marido: Se limpa antes do sexo? Toma banho, se perfuma?
    Fala sacanagens pesadas no ouvido dela? incentiva ela a lhe dar sexo?
    Pois esse casal aqui, faz sexo sim, curte sacanagem sim e, pelo menos uma vez por mês, chama um comedor para um hotel ou motel, para foder mesmo!
    Fazer sexo com amor, é com o marido. Fazer sexo por tesão e para gozar feito louca, com o marido e comedor!
    E não adianta reclamar: sexo com sacanagem é sim mais gostoso, dá mais tesão sim!

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